Cientistas esperam que Rio+20 mobilize a sociedade
A exatamente um mês da Rio+20, membros da sociedade civil reunidos ontem
em São Paulo em debate sobre a conferência para o desenvolvimento sustentável
manifestaram que, nessa altura dos acontecimentos, o melhor que se pode esperar
do evento é que ele sirva para fortalecer a mobilização da sociedade.
"Os temas que estão colocados na Rio+20 - economia verde,
governança e erradicação da pobreza - são como recomeçar o mundo. Sem dúvida
são coisas que dependem de acordos entre governos, mas temos a sensação de que
esses acordos vão demorar cada vez mais. Então é fundamental a sociedade se
mobilizar por esses temas, pressionar", afirmou o pesquisador da USP Pedro
Roberto Jacobi, do Programa de Pós Graduação em Ciência Ambiental. Ele falou
durante debate no evento Viva a Mata, que celebra o Dia Nacional da Mata
Atlântica, no domingo.
Jacobi resumiu um sentimento que prevalece na academia, entre
organizações não governamentais e até entre os negociadores de alto nível de
certo pessimismo que a conferência não resulte em compromissos mais concretos
para que o mundo se encaminhe para o tão falado desenvolvimento sustentável.
A comparação inevitável é com a Rio-92, vista como um momento que
representou uma mudança de paradigma. "A Rio+20 significa um nada, um
vazio. De 92 para cá o que aconteceu foi a não implementação de tudo o que foi
acordado. Só que passados 20 anos, temos hoje muito mais dados e certezas de
que caminhamos para um desastre ambiental e o que acontece? Nada", disse
João Paulo Capobianco, do Instituto Democracia e Sustentabilidade. As informações
são do jornal O Estado de S.Paulo .
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